-
Classes is not necessary learning||Aula no es necesariamente un aprendizaje||Aula nao e necessariamente aprendizagem
- Voltar
Metadados
Descrição
This paper discusses the urgent needs lo focus social public policies in Developing countries. Universal policies are more desirable because they are based on unconditional equal rights. However, in very unequal societies such as the Brazilian one, this situation tebds to aggravate enlarging the inequality Spectrum. Since the major goal of this policy is to redistribute income, it becomes necessary to reduce the concentration of wealth and to guarantee for all equal opportunities. Historically, it is easy lo verify that universal policies are often addressed lo rich people, such as those students of Brazilian Federal Universities. On the other conditions. This polemic is deepened when multiculturalism and social policies are debated. Finally, the author points out that the focus on social policies can be very successful if controlled by policies makers, specially those in the peripheric capitalist societies.||Este artículo discute la complejidad de la polemica sobre enfoque en politica social. Politicas sociales universales siempre son preferibles, porque se fundamentan con base en derechos iguales incondicionales. Sin embargo, en sociedades muy desiguales como la brosileña, el tratamiento igual a personas tan desiguales tiende a agrovar el espectro da desigualdad. Tralandose de redistribuir renta, no solo distribuir, se hace necesario atingir a los mas ricos, haciendolos relativamente mas pobres. En estos casos, focalizar parece necesario e inevitable, porque sin privilegiar a los no privilegiados, estos no tendran jamas acceso igual. Historicamenle es facil mostrar que politicas públicas universales, cuando son de buena calidad, son reservadas por los ricos (universidades federoles, en Brosil, por ejemplo), y cuando son de mala calidad, son paro los pobres, porque en vez de universales, son cosa pobre para el pobre. Esta polemica se hace todavia mas profunda por la considerocion del debate multicultural que combina enfoque universal con particular. La focalizacion solo tiene condiciones de que funcione si es controlada por los interesados, en particular en sociedades capitalistas perifericas.||Chamar a aula de trambique de professor e logo ofensa irreparavel para grande parte dos professores, porque so fazem isso na vida. Definem-se como profissionais que "dao aula" e para tanto sao contratados, sobretudo quando sao "horistas". Professores basicos nao sao, como regra, horista, mas, em muitos casos "dao aula" pela manha, tarde e noite, quase sempre para ganhar uma miseria. Exaurem-se, dando aula. Evidentemente, esta expressao tem apenas finalidade retorica e didatica quer provocar a discussao aberta. Peco, pois, que o professor nao perca tempo em se ofender, apenas se disponha a discutir comigo, brandindo, nao dardos envenenados, mas argumentos. Aqui temos o caso lidimo da relevância plena da "autoridade do argumento", nao do "argumento da autoridade". Em grande medida, aula e tipico argumento de autoridade, pois se mantem por conta da autoridade do professor, nao por sua necessidade didatica. A diferenca entre autoridade do argumento e argumento de autoridade e monumental. No segundo, agimos de modo instrumentista, de fora para dentro, de cima para baixo, esperando que o aluno se submeta, se alinhe na condicao de objeto, geralmente atraves das reacoes classicas de escutar com toda atencao, tomar nota de tudo e devolver ipsis litteris na prova. No primeiro, aparece o gesto autopoietico de dentro para fora, tipicamente reconstrutivo politico, na condicao de sujeito participativo, constituindo neste processo dinâmico, complexo nao linear, sua autonomia historica. Relação pedagogica e de autonomia, como sempre quiseram todos os grandes educadores, desde pelo menos Socrates. Etimologicamente, educar provem de "educere" (latim) e quer dizer "retirar de dentro". Paulo Freire, ao colocar sua intuicao soberba da "politicidade" da educação, sugeria:: "o bom educador e aquele que influencia seu aluno de tal modo que o aluno nao se deixe influenciar" (DEMO, 2002b). O professor, obviamente, age de fora, porque e fator externo, mas o processo educativo se instala de dentro, quando os dois lados se comportam como sujeitos envolvidos em dinâmicas reciprocas, nas quais a influencia precisa tornar-se libertadora, nao cerceadora. Neste texto, busco polemizar sobre a aula, nao para acabar com ela - vai continuar como trofeu do professor, mas para coloca-la em seu devido lugar. Tem seu lugar, mas e caracteristicamente supletivo. Nao pode, em hipotese alguma, ser o centro da didatica. Neste centro esta a aprendizagem do aluno, nunca a aula do professor. Parto da nocao de que cabe ao professor cuidar da aprendizagem do aluno como compromisso fatal. E retiro dai a conclusao que pretendo agora argumentar da melhor maneira possivel: quem de verdade quer cuidar da aprendizagem do aluno, nao da aula, mas faz o possivel e o impossivel para que ele possa aprender bem; ai cabe a aula, mas como gesto de acrescimo, nao como essencia de uma relação autoritaria e instrucionista. Uma das excrescencias mais gritantes do professor e considerar a aula como expressao maxima da "relação pedagogica", que, a estas alturas, esquece do aluno, pois o deixa como figura decorativa num processo onde deveria ocupar nada mais que o centro.
ISSN
1809-4465
Autor
Demo, Pedro
Data
9 de setembro de 2015
Idioma
Editor
Direitos autorais
Direitos autorais 2016 Revista Ensaio: Avaliação e Politicas Públicas em Educação | http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
Fonte
Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação; v. 12, n. 43 (2004): Revista Ensaio - Abr./Jun.; 669-695 | 1809-4465 | 0104-4036
Assuntos
Evaluacion de las Escuelas; Neo Institucionalismo; Gestion Escolar; Desarrollo Organizacional; Estudio de Caso | Palavras-chave : Focalização de Politicas Sociais; Sociedades de Classes e Focalização; Politicas Sociais Universais; Focalizadas e Multiculturalismo; Distribuicao de Renda e Poder | Social Policies Focus; Class Society and Focalization; Universal Social Policies and Multiculturalism; Income and Power Distribution and Redistribution
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion