Descrição
Este artigo propõe abordar o racismo como mecanismo social de manutenção das relações coloniais de poder no Brasil. Argumentar-se-á que a colonialidade em sua categoria “colonialidade do ser” é responsável pela constituição da corporalidade negra (colonizado), assim como da branca (colonizador), por meio de um modelo humanista eurocêntrico vinculado a um processo de objetificação racista que se mantém atualizado nos dias de hoje. Para isso, serão analisados conceitos centrais do pensamento descolonial latino como colonialidade, objetificação, humanismo, dupla consciência e colonialidade do ser, por exemplo. Por fim, vislumbrar-se-á a afirmação da negritude como forma de resistência diaspórica e de enfrentamento direto do essencialismo objetificador e marginalizador dos corpos negros.