Descrição
Desnudando las formas que ganan el espacio y el tiempo cuando lo real deviene imagen, y el modo singular que adopta nuestro pensamiento cuando se abre a lo que las imágenes dan a pensar, la fenomenología de la experiencia estética da cuenta, no apeans de las relaciones que establecen nuestras facultades cuando contemplamos sin objeto ni fin lo que se ofrece a nuestra sensibilidad, sino también de la utopía que abre los modos en que vemos, pensamos y hacemos el mundo a un futuro sin determinación. Utópicas parecen ser, de hecho, las coordenadas que la definen: la suspensión de cualquier interés que vaya más allá de las dimensiones aspectuales de los objetos de la experiencia, la momentánea puesta entre paréntesis de cualquier saber previo que pueda facilitar su aprehensión, la irresolución de la actividad teleológica que gobierna nuestros impulsos cognitivos. El presente artículo pretende demostrar que esas determinaciones trascendentales son, en todo caso, algo más que una idea abstracta o un ideal teórico, y que nuestras prácticas contemplativas y creativas se encuentran siempre, en mayor o menor medida, atravesadas por ellas, perteneciendo manifiestamente al orden de lo común.||Desnudando as formas que ganham o espaço e o tempo quando o real devém imagem, e o modo singular que adota o nosso pensamento quando se abre ao que as imagens dão a pensar, a fenomenologia da experiência estética da conta, não apenas das relações que estabelecem as nossas faculdades quando contemplamos sem objeto nem fim o que se oferece à nossa sensibilidade, mas também de uma utopia que abre os modos em que vemos, pensamos e fazemos o mundo a um futuro sem determinação. Utópicas pareceram ser, de fato, as coordenadas que a definem: a suspensão de qualquer interesse que vá além das dimensões aspetuais dos objetos da experiência, a momentânea colocação entre parêntese de qualquer saber prévio que possa facilitar a sua apreensão, a irresolução da atividade teleológica que governa os nosso impulsos cognitivos. O presente artigo pretende demonstrar que essas determinações transcendentais são, em todo o caso, algo mais do que uma ideia abstrata ou um ideal teórico, e que as nossas práticas contemplativas e criativas encontram-se sempre, em maior ou menor medida, perpassadas por elas, pertencendo manifestamente à ordem do comum.
