Descrição
O presente trabalho pretende trazer à tona a meditação heideggeriana em torno da mudança da concepção de verdade operada ao longo da História da Filosofia desde a alétheia pré-socrática à veritas moderna. Visa apontar que os fundamentos ontológicos da verdade que herdamos do pensamento moderno ainda norteiam nossa compreensão do real marcada pela calculabilidade, pela impostura da busca de certeza, do auto-asseguramento racional. Visto que nesta forma de pensar não há "lugar" para o que não é passível de ser determinado, manipulado e controlado, buscamos acentuar que a passagem de alétheia para veritas não se trata de uma simples mudança conceitual, mas de uma mudança radical nos modos de ater-se a tudo que é, ao ser. Por fim, pretendemos, à luz do pensamento heideggeriano, indicar que a Educação, na medida em que é subserviente à ditadura do êxito e das competências, torna-se debitária deste modo de pensar moderno e da concepção de verdade que lhe subjaz.