Descrição
Este texto tem por objetivo apresentar argumentos teóricos que possam sustentar a aposta política no conhecimento escolar como objeto incontornável nas disputas pela construção de uma escola democrática. Em diálogo com as abordagens discursivas na perspectiva pós-fundacional incorporadas pelas teorizações curriculares recentes problematiza articulações discursivas entre significantes como conhecimento/cultura, universal/particular; conhecimento/conteúdo escolar e verdade/sentido presentes nos debates educacionais da atualidade. A análise aponta que o investimento, nos processos de produção de significados, é uma estratégia discursiva cujo potencial heurístico merece ser explorado. O argumento central afirma que, em tempos de escola "sob suspeita", o desafio político consiste também no posicionamento teórico em relação às lutas hegemônicas pela significação de termos, como o de “conhecimento escolar”, que são desestabilizados e recolocados no jogo político da definição.