Descrição
O objetivo deste artigo é mostrar que a moralidade para Freud está determinada por um aparelho psíquico que tem por função justamente reprimir a única coisa que no homem apontaria para uma liberdade de ação, a saber: o desejo. O problema é que se todos os homens decidissem realizar todos os seus desejos, não haveria, para Freud, a possibilidade da civilização. Não haveria espaço nas teorias psicanalíticas para se pensar uma moralidade não determinada filogeneticamente? Tentarei apresentar como contraponto uma possibilidade de resposta a essa questão com a teoria psicanalítica de Winnicott.