Descrição
Neste artigo, apresento uma possibilidade analítica do ícone cinético, ou seja, do corpo em movimento no videoclipe – signagem videográfica contemporânea – alicerçada pelos pressupostos da Teoria Geral do Signos de Charles Sanders Peirce. Enquanto signagem híbrida, o videoclipe será apresentado em suas instâncias relacionais das três matrizes de linguagens, a visual, a sonora e a verbal que se entretecem na construção de sentido por meio da ação sígnica. Tomo como corpusde análise, o videoclipe Power(2010) do cantor estadunidense, Kanye West, dirigido pelo cineasta Marco Brambilla. Além da semiótica peirceana, procuro embasamento nas concepções teóricas de Décio Pignatari, Lúcia Santaella e Denise Azevedo Duarte Guimarães, com o objetivo de explicar o argumento de que ocorre, neste objeto de estudo em particular, uma espécie de tradução icônica, aproximando-o, pela intervenção do paradigma pós-fotográfico, do conceito de videoarte multimidiática, propício à intervenção e instauração de novas significações.