Descrição
Advoga currículos rumo a uma “Nova Terra” baseado numa forma de organização política da cooperação entre corpos que remeta à experimentação, à lógica da invenção e efetuação de diferentes mundos compartilhados. Toma currículo como espaço nômade e complexo que, não ignorando os campos disciplinares, busca integrá-los no movimento de aprendizagem inventiva, pois mesmo um campo disciplinar bem demarcado e constituído historicamente necessita ser transcriado. Busca defender a ideia de alguns, de muitos, do povo considerado amigo da Terra, que tem condição de alcançar a possibilidade de concebê-la como elemento sempre em devir, contra a submissão àqueles incapazes de imaginar mudanças que só vislumbram um ideal de domínio, advogando e lutando a favor de um imobilismo territorial e de uma submissão ao permitido ou não. Contra essa submissão, defende currículos como multiterritorialidades, sempre deslizando (desterritorializando) conhecimentos, linguagens, afetos, afecções em novas composições de modo a constituir a multiplicidade, traçando linhas de força entre as singularidades, fazendo-as cooperar, por um tempo, em um espaço deslizante, em prol de um objetivo construído comumente, compondo multiterritorialidades sem totalização e acabamento, mas com abertura para outros mundos possíveis, de currículos compartilhados constituindo as escolas como uma “Nova Terra”.