Descrição
Nas sociedades avançadas contemporâneas, a economia entrou na fase do hiperconsumo. Um sistema de comunicação e marketing onipresente e ativo em tempo integral trabalha para manter a demanda em níveis ótimos. Para isso, é preciso impregnar o social de alegria, sentimento básico na disposição para a compra. Na filosofia de Spinoza, a alegria, juntamente com a tristeza e o desejo, está na origem das paixões que compõem a alma humana. Instrumentalizada pelo mercado, a alegria perde seu caráter essencial de fundamento e incondicionalidade para se tornar uma commodity difundida por meios massivos, convertida em regulador da tonalidade humoral das populações.