Descrição
A busca pelos modos de acesso ao mundo matemático exige uma compreensão mais abrangente sobre a “natureza da matemática”, e nos faz repensar seu ensino menos algorítmico e mais comprometido com a construção conceitual. A “visualização” fundamenta a sensibilidade matemática como uma capacidade legítima de acesso ao conhecimento matemático, sendo a intuição e a imaginação essenciais para seu entendimento. Este artigo visa investigar diversas formas de visualização e o modo como elas podem colaborar para a compreensão e construção do conhecimento matemático, apontando suas características epistemológicas e ontológicas, e questionando sua cientificidade. Desse modo, a visualização, transformada também numa forma de “pensamento visual”, resulta ser um recurso de concretização de conceitos, sejam abstratos ou não, dando-lhes forma, movimento, trazendo-os para o mundo da nossa intuição. Assim, a visualização, alargando as possibilidades da matemática, se torna um tema de interesse para a Filosofia da Matemática e da Educação Matemática.