Descrição
Amparados pelo pensamento filosófico de Giorgo Agamben e Judith Butler, procuramos observar como a gravação e postagem da sessão de tortura e morte de Dandara Kethelen configura-se como um texto visual, um ato de fala típico à masculinidade hegemônica, judicativo e punitivo. Temos por hipótese que os textos deste tipo de masculinidade operam como conformadores dos indivíduos e são forma de controle coletivo. Partimos do princípio que este conjunto de enunciados performativos está atravessado por um saber específico, configurado a partir de uma ética e uma estética própria. Desta maneira, os efeitos estéticos do texto são uma preocupação para o desenho estratégico e tático das regras próprias da heteronormatividade nos exercícios de conformação dos corpos e a criação de estados de exceção.