Descrição
Este artigo discute a relação entre cultura, mídia e visibilidade para problematizar a representação da bicha como prática educacional que incita a percepção das masculinidades viris como rastros produzidos nas relações de poder que permeiam a forja dos modos de ser, estar e agir no mundo. A questão norteadora da pesquisa consiste em: como a representação da bicha oferece elementos discursivos para problematizar as questões de gênero e sexualidades? Este artigo incita a apresentaçãoda visibilidade, por meio de jogos de poder e disputa por sentidos e significados, sugerindo leituras que a interpretam, como o texto “A fabulosa geração de gays que nasceu para ser tudo que ninguém quer”, publicado em 2 de julho de 2014, pelo colunista Fabrício Longo, o que instabiliza a produção das formas de ser homem embasadas pelo machismo e pela homofobia. Desse modo, investiga-se a constituiçãocultural desses elementos utilizando as perspectivas analíticas subsidiadas pelos Estudos Culturais em consonância com as teorizações foucaultianas.