-
De Moçambique ao Brasil: um bioma da resistência||De Mozambique a Brasil: un bioma de resistencia||From Mozambique to Brazil: a biome of resistance
- Voltar
Metadados
Descrição
Neste trabalho exploramos como a tradição oral africana atravessou o oceano e deu continuidade à vida, desenvolvendo protagonismos políticos, médicos, culturais etc. Como uma forma de conhecimento opera em Moçambique e no Brasil, especificamente em territórios tomados pela savana e pelo cerrado. A partir de duas personalidades diferentes, porém convergentes e suas narrativas, explorando as vozes do cerrado e da savana, mestres do saber que usam a palavra como matéria prima do seu trabalho e têm a tradição oral africana como sua memória e biblioteca, disponíveis para sua comunidade. O ponto de encontro dos saberes nesses territórios destacados é a ancestralidade que aqui é entendida como uma categoria organizadora e estruturante da cosmovisão africana, mas é também um elemento de construção que atravessa o tempo-espaço capaz de ser perceptível nas dinâmicas sociais.
From Mozambique to Brazil: a biome of resistance
Abstract: In this paper we explore how the African oral tradition crossed the ocean and continued life, developing political, medical, cultural, etc. As a form of knowledge, it operates in Mozambique and Brazil, specifically in territories taken over by savanna and Cerrado. From two different, yet converging personalities and their narratives, we explore voices from the Cerrado and savanna, masters of knowledge who use the word as the raw material of their work and have the African oral tradition as their memory and library, available to their community. The meeting point of knowledge in these highlighted territories is the ancestry that is understood here as an organizing and structuring category of the African worldview, but it is also an element of construction that crosses the time-space capable of being noticeable in social dynamics.
Keywords: Cerrado. Savanna. Ancestrality. Oral tradition. Knowledge.
De Mozambique a Brasil: un bioma de resistencia
Resumen: En este artículo exploramos cómo la tradición oral africana ha cruzado el océano y ha dado continuidad a la vida, desarrollando protagonismos políticos, médicos, culturales, etc. Cómo opera una forma de conocimiento en Mozambique y Brasil, específicamente en los territorios ocupados por la sabana y el cerrado. De dos personalidades diferentes pero convergentes y sus narraciones, explorando las voces del cerrado y de la sabana, maestros del conocimiento que utilizan la palabra como materia prima de su trabajo y tienen la tradición oral africana como su memoria y biblioteca, a disposición de su comunidad. El punto de encuentro del conocimiento en estos territorios destacados es la ascendencia que se entiende aquí como una categoría organizadora y estructuradora de la cosmovisión africana, pero también es un elemento constructivo que atraviesa el tiempo-espacio capaz de ser perceptible en la dinámica social.
Palabras-clave: Cerrado. Sabana. Ancestralidad. Tradición oral. Conocimiento.||En este artículo exploramos cómo la tradición oral africana ha cruzado el océano y ha dado continuidad a la vida, desarrollando protagonismos políticos, médicos, culturales, etc. Cómo opera una forma de conocimiento en Mozambique y Brasil, específicamente en los territorios ocupados por la sabana y el cerrado. De dos personalidades diferentes pero convergentes y sus narraciones, explorando las voces del cerrado y de la sabana, maestros del conocimiento que utilizan la palabra como materia prima de su trabajo y tienen la tradición oral africana como su memoria y biblioteca, a disposición de su comunidad. El punto de encuentro del conocimiento en estos territorios destacados es la ascendencia que se entiende aquí como una categoría organizadora y estructuradora de la cosmovisión africana, pero también es un elemento constructivo que atraviesa el tiempo-espacio capaz de ser perceptible en la dinámica social.||In this paper we explore how the African oral tradition crossed the ocean and continued life, developing political, medical, cultural, etc. As a form of knowledge, it operates in Mozambique and Brazil, specifically in territories taken over by savanna and Cerrado. From two different, yet converging personalities and their narratives, we explore voices from the Cerrado and savanna, masters of knowledge who use the word as the raw material of their work and have the African oral tradition as their memory and library, available to their community. The meeting point of knowledge in these highlighted territories is the ancestry that is understood here as an organizing and structuring category of the African worldview, but it is also an element of construction that crosses the time-space capable of being noticeable in social dynamics.
ISSN
2316-4360
Periódico
Autor
(Nyimpini Khosa), Dulcídio Manuel Albuquerque Cossa | Alves Barbosa, Jordana Cristina
Data
12 de janeiro de 2021
Formato
Idioma
Relação
https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/11327/8092 | /*ref*/BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Diário de Campo: a antropologia como alegoria. Brasiliense: São Paulo, 1982. | /*ref*/CASTIANO, José. Referências da filosofia Africana: em busca da intersubjectivação. Maputo: Sociedade Editorial Ndjira, Lda, 2010. | /*ref*/COSSA, Dulcídio. Ancestralidade africana: o mundo dos vivos e o mundo dos antepassados em Moçambique. 2020. 99 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020 (no prelo). | /*ref*/HONWANA, Alcinda. Espíritos vivos, Tradições modernas: possessão de espíritos e reintegração social pós-guerra no sul de Moçambique. Promédia, 2002. | /*ref*/LIMA, Nísia Trindade. Um sertão chamado Brasil: Intelectuais e representação geográfica da identidade nacional. Rio de Janeiro: Revan/IUPERJ-UCAM, 1999. | /*ref*/LOPES, Nei, 1942- Enciclopédia brasileira da diáspora africana. 4. ed. São Paulo: Selo Negro, 2011. | /*ref*/MBITI, John. African religions and philosophy. Nairobi, Kampala, Dar es Salam: East African Educational Publishers, 1969. | /*ref*/PARKIN, David. Controlling the U-Turn of Knowledge. In: FARDON, Richar (Org.). Power and Knowledge: anthropological and sociological approach. Edinburgh: Scottish Academic Press, 1985. | /*ref*/ROCHA, Nilton José dos Reis; SILVA, Kelly Cristina Rodrigues. Oralidade: e o povo sobrevive na sua fala reinventada. Comunicação e Informação. Goiânia, V 10, n. 1, p. 114 – 125 – jan./jun. 2007. | /*ref*/VISVANATHAN, Shiv. Convite para uma Guerra da Ciência. In.: SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
Direitos autorais
Copyright (c) 2021 Élisée - Revista de Geografia da UEG | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
Fonte
Élisée - Revista de Geografia da UEG; v. 10 n. 1 (2021); e101212 | 2316-4360
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion