Descrição
O objetivo deste trabalho é verificar as diferenças socioeconômicas entre os trabalhadores paranaenses formais e informais. Para tanto, utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2009, sobre os trabalhadores paranaenses na faixa etária de 18 a 70 anos. As pesquisas sobre a inserção na formalidade ou na informalidade chamam a atenção para a diferença nas condições de trabalho e, principalmente, para a desigualdade de remuneração entre as ocupações nas duas modalidades. Os resultados dessa pesquisa corroboram essa situação no mercado de trabalho do Paraná, em que a maioria dos trabalhadores formais (46,3%) recebe mais que dois salários mínimos mensais, o que é quase o dobro da população que recebe o mesmo valor no mercado informal. A renda baixa dos trabalhadores informais pode estar relacionada à baixa escolaridade, uma vez que os resultados mostraram que 37,55% dos ocupados informalmente apresentaram entre 0 e 4 anos de estudo. Do ponto de vista social, a informalidade tem o papel de absorver aqueles que, por algum motivo desfavorável, estão fora do mercado de trabalho formal. Para muitos indivíduos pauperizados que estão à margem do sistema, a inserção no trabalho nessa condição é uma forma de garantir o mínimo necessário à sobrevivência.