Descrição
Em 1889, o Correio Imperial publicou alguns poemas de D. Pedro II, sob o cuidado de seus netos, que queriam homenagear o monarca. Já consolidada a República, Medeiros e Albuquerque acrescentou àquelas composições outros tantos poemas atribuídos ao Imperador e fez um prefácio à publicação, questionando a autoria, o acabamento dos versos e a integridade do sujeito que os compôs. A partir disso, investigaremos os problemas ali apresentados, cotejando-os com o discurso de alguns dos interlocutores e intérpretes do Imperador, a exemplo do missivista Barão de Cotegipe, do publicista Joaquim Nabuco e do Antopólogo Gilberto Freyre. Com isso, o que se pretende é lançar alguma luz sobre a subjetividade, divisada entre o espaço público e o privado como foi a do representante maior do país no Oitocentos brasileiro.