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Educação e justiça social à luz da teoria crítica da sociedade||Education and social justice in the perspective of the critical theory of society||Educación y justicia social en la perspectiva de la teoría crítica de la sociedade
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Metadados
Descrição
O presente artigo problematiza e analisa, a partir da perspectiva da teoria crítica da sociedade, a relação entre educação e justiça social na sociedade hodierna. Parte-se da hipótese que a justiça social só existe com a eliminação das desigualdades econômicas, sociais e culturais entre os indivíduos. Nesse caso, justiça social e capitalismo são, por natureza, incompatíveis. Justiça social tornou-se mera abstração, discurso político-jurídico-ideológico das classes mais abastadas. A norma padrão jurídica, os rituais escolares e religiosos justificam-se e operam a partir da moralidade judaico-cristã burguesa: “todos” têm direitos iguais. “Todos” os incluídos, convertidos, escolhidos ou eleitos, seja pela manifestação divina, seja pelo poder material ou político. A impossibilidade da existência de justiça social na sociedade moderna e contemporânea tem a ver com o problema da padronização e da racionalização exacerbada do processo da produção industrial e da reprodução social; com as carências e as implicações que esse modelo social provoca na vida dos indivíduos, principalmente em relação ao empobrecimento da formação cultural. Justiça social transcende o direito e a ideia de liberdade burguesa e é diametralmente proporcional à conquista de direitos sociais básicos (educação, saúde, segurança, lazer e trabalho), necessários para o bem-viver. A realização plena da justiça social depende pari passu da destruição do modelo social capitalista vigente na atualidade. Nesse contexto, a educação escolar, como prática social, pode contribuir para resgatar e disseminar princípios e valores voltados à realização da justiça social.||This article discusses and analyzes, from the perspective of the critical theory of society, the relationship between education and social justice in today 's society. It is hypothesized that social justice only exists with the elimination of economic, social and cultural inequalities between individuals. In this case, social justice and capitalism are by nature incompatible. Social justice has become mere abstraction, political-juridical-ideological discourse of the more affluent classes. The standard rule legal, school and religious rituals are justified and operate from bourgeois Judeo-Christian morality: "Everybody" have equal rights. "Everybody" those included, converted, chosen, or elected either by divine manifestation, by economic power or political. The impossibility of the existence of social justice in modern and contemporary society is related to the problem of standardization and rationalization exacerbated by the process of industrial production and social reproduction; with the deficiencies and implications that this social model causes in the life of individuals, especially in relation to the pauperization of cultural formation. Social justice transcends the law and the idea of bourgeois freedom and is diametrically proportional to the achievement of basic social rights (education, health, safety, leisure and work) necessary for the well-being. The full realization of social justice depends on the destruction of the current capitalist social model. In this context, school education, as a social practice, can contribute to the rescue and dissemination of principles and values aimed at achieving social justice.||Desde la perspectiva de la teoría crítica de la sociedad, el artículo discute y analiza la actual relación entre educación y justicia social. Se plantea la hipótesis de que la justicia social solo puede existir con la eliminación de las desigualdades económicas, sociales y culturales entre los individuos. En ese contexto teórico, se afirma que la imposibilidad de existencia de la justicia social en la sociedad moderna y contemporánea estaría relacionada con el problema de la estandarización y de la racionalización exacerbadas por el proceso de producción industrial y reproducción social. Eses procesos contendrían las deficiencias e implicaciones que ese modelo social causa en la vida de los individuos, esencialmente en relación con el empobrecimiento de la formación cultural. Así, la justicia social y el capitalismo serian por naturaliza incompatibles. Por lo tanto, la justicia social sería una mera abstracción, un discurso político-jurídico-ideológico de las clases más acomodadas. Al mismo tiempo, se afirma que la regulación, la escuela y los rituales religiosos se justificarían y operarían desde la moral judeocristiana burguesa en que “todos” tienen los mismos derechos. En la expresión “todos” se incluyen apenas los convertidos y los elegidos por la manifestación de divino o del poder material o político. Pero, la justicia social trascendería la ley y la idea de la libertad burguesa y sería indiscutiblemente proporcional al logro de los derechos sociales básicos, necesarios para el bienestar, cómo la educación, la salud, la seguridad, el ocio y el trabajo. Por lo tanto, la plena realización de la justicia social dependería de la superación del actual modelo social capitalista. En este contexto, la educación escolar, como práctica social, podría apoyar el rescate y la difusión de principios y valores orientados al logro de la justicia social.
ISSN
0104-7469
Periódico
Autor
de Lima, Luciana Vieira | Horn, Geraldo Balduino
Data
4 de setembro de 2019
Formato
Identificador
http://seer.upf.br/index.php/rep/article/view/9321 | 10.5335/rep.v26i3.9321
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2019 Luciana Vieira de Lima, Geraldo Balduino Horn | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
Fonte
Revista Espaço Pedagógico; v. 26 n. 3 (2019): JUSTIÇA SOCIAL E EDUCAÇÃO; 719-737 | 2238-0302 | 0104-7469
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Avaliado pelos pares