Descrição
Refletimos neste artigo sobre o ensino de arte no contexto das instituições de educação infantil partindo do pressuposto que a vida social é fundamental para que a criança construa seu pensamento e interaja no meio cultural. Resgatamos o conceito de atividade criadora desenvolvido pelo psicólogo russo Lev Vigotsky ao defender que toda atividade humana que não se limita a reproduzir impressões vividas, mas que cria novas ações e impressões enquadra-se no conceito de criatividade. Ao abordar a relevância da mesma no ambiente escolar, especificamente nas instituições de Educação Infantil, ressaltamos que para oportunizar o desenvolvimento da capacidade criadora o docente precisa ter em mente que quanto maiores são as vivências, maior a imaginação e que o ímpeto criativo não se manifesta repentinamente, senão de forma lenta e gradual. Conforme a criança vê, experimenta e assimila elementos reais, maior seu potencial criativo. Neste estudo inter-relacionamos os conceitos vigotskianos de atividade criadora com os estudos realizados pela pesquisadora Maria Carmem Silveira Barbosa sobre a rotina nas instituições de educação infantil. Buscamos elucidar de quais formas a arte se insere na estrutura destas instituições considerando as rotinas de organização do tempo e do espaço, assim como a seleção e a oferta de materiais. Nosso intuito é oportunizar aos docentes de artes visuais subsídios para que reflitam acerca da ação pedagógica na educação infantil mesclando os saberes próprios do campo educacional àqueles específicos da área artística.
