Descrição
A reflexão incide em duas dimensões: ao nível da Educação Patrimonial, considera que o contacto direto e constante com fontes patrimoniais é essencial para desenvolver nos jovens sentimentos de responsabilidade em relação ao património histórico e de pertença a comunidades portadoras de memórias necessárias à compreensão do presente e à reflexão construtiva sobre o futuro; ao nível da Educação Histórica, a problematização sistemática dos usos da História e do Património, elaborando propostas de desenvolvimento das aprendizagens dos jovens e de abordagens metodológicas dos educadores. Foi nesta dupla dimensão que se centrou a investigação que desenvolvemos na Universidade do Minho (Portugal). Propuseram-se atividades educativas de exploração de fontes patrimoniais - a alunos de 7º e 10º ano de escolaridade e seus professores, de escolas de Guimarães (norte de Portugal) -, em conformidade com os currículos de História do 3º CEB e ensino secundário, num contexto específico: Guimarães, cidade vestígios patrimoniais de diferentes épocas, embora os 'medievais' sejam mais visíveis e imediatos. As conclusões da investigação confirmaram a necessidade de se ultrapassar uma visão impressionista de experiência meramente lúdica de saída da escola e de contacto com o património, e reconhecer o papel do uso de fontes patrimoniais na compreensão da evidência histórica pelos alunos.