Descrição
A representação da deficiência tem sido materializada nas mais variadas maneiras no teatro, dança e performance. A diferença entre práticas performativas de natureza social e inclusiva e a mobilização estética da alteridade de um corpo deficiente constitui ponto fulcral dentro dos estudos sobre deficiência. A partir de performance em Portugal em no exterior, este artigo busca mapear e analisar ambas estratégias representacionais, não tanto para enfatizar as diferenças entre políticas de identidade e experimentos/declarações estéticas, mas para observar como a deficiência se constitui em categoria que inextricavelmente atraves a corporeidade e o discurso. Deficiência irrompe como uma poderosa experiência de concretização corporal, a qual desafia e consubistancia "uma nova ética do corpo" (DAVIES, 2001).