Descrição
Neste texto pretende-se explorar as composições de palavras e elementos linguísticos criados por Mira Schendel, mas por seu viés em negativo, ou seja, pelo vazio e pela transparência que os envolvem e os atravessam. Esse estudo apoia-se, principalmente, no pensamento de Anne-Marie Christin, que na tentativa de desconstruir o modelo fonocêntrico de origem da palavra no ocidente, explora a influência da imagem e da superfície na escrita. Baseado na concepção da autora, que vê na branca superfície do suporte tudo, menos uma presença nula, o vazio no trabalho de Mira parece adequar-se a esta forma de leitura.