Descrição
Ao cruzar o Cabo Bojador pela primeira vez, os europeus se depararam com terras e populações que pouco conheciam. Juntamente com a novidade, vieram logo as possibilidades comerciais e missionárias. Mas a comunicação se mostrou um entrave a esses primeiros esforços de exploração, e o papel do intérprete, língua, ganhou destaque na interação desses dois sistemas de representação tão diversos. É esse terceiro elemento que buscaremos analisar no presente artigo com respaldo em dois relatos que marcaram o início das primeiras expedições: o Navegações, de Luís de Cadamosto, e o Crônica do descobrimento e conquista da Guiné, de Gomes Eanes Zurara.