Descrição
Este artigo pretende refletir a respeito de algumas narrativas produzidas em torno de evento ocorrido em 2013 – um protesto realizado contra a Proposta de Emenda à Constituição/PEC 215, que prevê mudança de regras para a demarcação das terras indígenas no país –, durante o qual o Monumento às Bandeiras foi “pichado” e “pintado” na cidade de São Paulo. Para tanto, toma por referência a ideia de patrimônio como um operador de leitura, ou seja, um termo que possibilita a análise de determinado fenômeno social, colocando-se como eixo para o estabelecimento de relações entre as múltiplas dimensões que o conformam. Isto permite perceber como se expressaram, nesse evento, os processos de fabricação dos sentidos de lugar e de pertencimento e sua íntima relação com as dinâmicas do lembrar/esquecer, do identificar/diferenciar, do destacar/ocultar e das relações de poder que as caracterizam.