Descrição
O ensaio é uma partilha das variações que atravessam a escrita, o corpo e a fabulação em Gilles Deleuze e Clarice Lispector. Ambos os pensadores mobilizam a escrita como um processo fabulatório que abre corpo para a experimentação de outras vidas, de mundos ainda não habitados. Questiona-se: Que ressonâncias seria possível entre Deleuze e Clarice? Que forças mobilizam a escrita, o corpo e a fabulação na literatura de Clarice Lispector? Que povo esse corpo-escrita expressa? É possível afirmar que para Deleuze, assim como para Clarice, a escrita faz nascer palavras, forjar linguagem, além de produzir um corpo a partir de seus vazios e fragmentos. Variações com Deleuze e Clarice, se não é uma aposta é uma invenção. Sigamos nesse processo de aberturas de mundos, de produzir modos de pensamentos outros, desenraizando o pensamento, a intuição para, então, poder criar um outro corpo-pensamento e uma outra forma de escrita.