Descrição
Este trabalho trata sobre os processos de produzidos por jovens praticantes do Hip Hop em Maceió na ocupação e significação do espaço público. A partir de um debate em torno das dinâmicas sociais e espaciais das cidades. A segmentação das cidades em áreas nobres e de baixa renda, em áreas centrais e periféricas, por processos de segregação historicamente construídos, estruturam ideias de produção de políticas públicas de segurança, lazer e cultura, e isso orienta também as estratégias de ocupação dos espaços públicos dos jovens que estão envolvidos na cultura Hip Hop. Nesse sentido, o lugar de cantar rap, dançar break e produzir grafites é demarcado por estas perspectivas e orientações, como também otimizam os cuidados em torno da ocupação destes locais. Consideramos o espaço público como um local de disputas simbólicas e politicas, imersas em relações de poder estabelecidas pelas dinâmicas de organização dos centros urbanos. Os diálogos e os jogos de disputa pelos espaços encapados pelos jovens são resistências e o Hip Hop surge como uma manifestação em busca visibilidade e ressignificação dos marcadores que constroem as identidades de áreas periféricas e marginalizadas de Maceió.