Descrição
Entrelaçando estética, ética e filosofia política, este artigo propõe levantar algumas considerações sobre o problema dos fluxos migratórios ocorridos em massa no pós Segunda-Guerra, em especial da crise dos refugiados, questão que nos chega a contemporaneidade, fundamentando o problema pelos escritos de Hannah Arendt (filósofa teuta de origem judaica), Giorgio Agamben (filósofo italiano), e através da abordagem convertida em problema estético nos filmes de Aki Kaurismäki (cineasta de origem finlandesa). Assim, traçando elos entre a artificialidade dos direitos humanos, a estética e a política, busca-se investigar o nublado núcleo que compõe o mote “direito a ter direitos”: a condição do apátrida, seu (des)pertencimento a uma comunidade, sua vulnerabilidade física, social e o desvanecimento dos afetos no espaço coletivo.