Descrição
Este artigo propõe-se a discutir e a problematizar a questão epistemológica da produção do conhecimento feminista, abordando a possibilidade de homens assumirem uma postura de um pesquisador feminista e se declararem como tal enquanto posicionamento político. São apresentadas algumas posições de autoras feministas quanto ao problema da existência de uma epistemologia deste campo do saber, e a partir disso, discutidas a credibilidade e a funcionalidade de haver homens se apropriando deste lugar para colaborar com a produção feminista. Discorro, ainda, sobre as Teorias Queer e quais contribuições e desafios elas trouxeram para se pensar numa política identitária, tal como é o Feminismo. Assim, proponho como estratégia mais adequada um „saber negociar‟ entre a contemporaneidade e a modernidade, para que aspectos que ainda necessitam da importância e da relevância das identidades consigam conviver em meio à contemporaneidade, mantendo sua legitimidade de viés político.