-
Everyday forms of resistance during late colonialism in southern Mozambique||Formas de resistências cotidianas durante o colonialismo tardio no sul de Moçambique.
- Voltar
Metadados
Descrição
Since the so-called “effective occupation” made by the Portuguese (1895), Mozambique has experienced profound transformations. These transformations were marked by the introduction of different development projects, all characterized by a confrontation between forms and perceptions of the political,social and economic etc. Locating our reflection in the south of the country and in dialogue with history and anthropology – complementary areas for African studies – we will inquire the relationship between economic modernization and political modernity from a re-reading, on the one hand, of the processes of regimentation of native labor by the colonial enterprise and, on the other hand, the dynamics developed by the populations of the region in response to these policies, many of them pointed out here as forms of everyday resistance.Methodologically combining the colonial situation and the indiciary paradigm, we will revisit sources collected in previous works by authors from the two areas mentioned above, and then introduce the concepts of forced mobility, state margins, coloniality and power repertoires, searching a reinterpretation of the relationship between colonial enterprise and autonomous practices.||Desde sua independência Moçambique experimentou transformações econômicas, políticas e sociais profundas. Estas transformações estiveram marcadas pela introdução de diferentes projetos de desenvolvimento que apontavam transformar um mundo rotulado de tradicional para um moderno. Localizando nossa reflexão no sul do país, tentaremos questionar os processos de arregimentação da mão de obra nativa por parte da empresa colonial e as dinâmicas que esta população desenvolveu como respostas a estas políticas, privilegiando uma abordagem que discuta a relação entre modernização econômica e modernidade política. Combinando o conceito de mobilidade forçada e margens do estado, assim como os conceitos de colonialidade e repertórios de poder, tentamos fazer uma releitura da relação entre empresa colonial e práticas autonômicas. Pretende-se assim refletir o caráter compulsório do uso da força de trabalho desde uma perspectiva que evidencie o ethos colonial dos europeus e confrontá-lo às diversificadas respostas dos habitantes da região, e em especial entender como estes processos vão mobilizar racionalidades e subjetividades diversas as quais parecem permear uma serie de práticas no período pós-colonial.
ISSN
1983-201X
Periódico
Autor
Guerra Hernandez, Hector
Data
13 de novembro de 2019
Formato
Identificador
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/96555 | 10.22456/1983-201X.96555
Idioma
Editor
Relação
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/96555/54786 | https://seer.ufrgs.br/anos90/article/downloadSuppFile/96555/52201 | /*ref*/AGAMBEN, Giorgio . Estado de exceção. Homo Sacer II Boitempo, São Paulo 2008 BALANDIER, George. “A noção de situação colonial” (1954). Tradução Nicolás Nyimi Campanário.In: Cadernos de campo, N° 3, 1993, p. 107-131. BURLING, Robbins:“Teorias de maximización y el estudio de la antropología económica”. In GODELIER, M. (Comp). Antropología y economía, Anagrama, Barcelona, 1976, p. 101-124. CABAÇO, José Luis. Moçambique. Identidade, colonialismo e libertação UNESP, São Paulo, 2009. CABECINHAS, Rosa and FEIJÓ, João. "Collective Memories of Portuguese Colonial Action in Africa: Representations of the Colonial Past among Mozambicans and Portuguese Youths" International Journal of Conflict and Violence Vol. 4, 2010, p. 28-44. CAHEN, Michel . “Indigenato before race? Some proposals on Portuguese forced labour law in Mozambique and the African Empire (1926-1962)”, in Bethencourt, Francisco and Pearce, Adrian (eds) Racism and Ethnic Relations in the Portuguese-Speaking World, British Academy/Oxford, Oxford University Press, London, 2012, p. 149-171. CAPELA, José. O Escravismo Colonial em Moçambique, Edit. Afrontamento,porto, 1993. CASTELO, Claudia. Passagens para África. O povoamento de Angola e Moçambique com naturais da metrópole (1920 – 1974) Edit. Afrontamento, Lisboa, 2007. COOPER, Frederick & BURBANK, Jane. Imperios: una nueva visión de la historia universal. Editorial Crítica, Barcelona, 2012. COOPER, Frederick et ali (eds) Além da escravidão. Investigação sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Editora Civilização brasileira, Rio de Janeiro, 2005. COVANE, Luis António. O trabalho migratório e a agricultura no sul de Moçambique (1920-1992), Promedia, Mapuoto, 2001 __________________. As relações económicas entre Moçambique e a África do Sul: 1850-1964. Acordos e regulamentos principais, Arquivo Histórico de Moçambique, Maputo, 1989. DAS, Veena and POOLE, Deborah (eds) Anthropology in the Margins of the State, School of American Research, Santa Fe, 2004. DUSSEL, Enrique. “Europa, modernidade e eurocentrismo”. In Lander, Edgardo(ed) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Clacso, buenos Aires, 2005 p. 41-53. FELICIANO, José Fialho. Antropologia económica dos Thonga no Sul de Moçambique. Arquivo histórico de Moçambique, Maputo, 1998. FIRST, Ruth. O mineiro moçambicano. Um estudo sobre a exportação da mão de obra em Inhambane, CEA – UEM, Maputo, 1998. GAUDEMAR, Jean-Paul. Mobilidade do trabalho e acumulação do capital, Estampa, lisboa, 1977. GODELIER, Maurice. Antropología y economía, Anagrama, Barcelona, 1976a. _______________. Sobre as sociedades pré-capitalistas, Seara nova, Lisboa, 1976b. HARRIES, Patrick, Work, Culture and Identity: Migrant Labourers in Mozambique and South Africa 1860-1910, James Currey, London, 1994. HERNANDEZ, Hector G. “Invasões estrangeiras e formação do estado ao sul de Moçambique”. África (São Paulo, 1978, Online), São Paulo, n. 35, 2015, p. 19-55. ISAACMAN, Allen and Barbara. Mozambique: From Colonialism to Revolution, 1900-1982, Westview Press, Colorado, 1983. ISAACMAN, Allen F. Mozambique: The Africanization of a European Institution, The Zambesi Prazos 1750-1902, University of Wisconsin Press, Madison, 1972. JAPPE, Anselm. As aventuras da mercadoria. Para uma nova crítica do valor, Antígona, Lisboa, 2006. JERÓNIMO, Miguel Bandeira. Livros brancos, almas negras. A 'missão civilizadora' do colonialismo português. 1870-1930, ICS, Lisboa, 2009. JUNOD, Henri. Uso e Costumes dos Bantus, Volumes I e II, Arquivo Histórico de Moçambique, Maputo, 1996. KUPER, Hilda. “The colonial situation in Southern Africa”. In: The Journal of Modern African Studies, Vol. 2, No. 2 (Jul., 1964), p. 149-164. LOPES, Armando; SITOE, Benedict and NHAMUENDE, Paulino. Moçambicanismo. Para um léxico dos uso do português moçambicanos, Edit. Universitária, Maputo, 2002. MACAGNO, Lorenzo “Fragmentos de uma imaginação nacional”. RBCS Vol. 24 n70, 2009, p. 18-35. _______________. “O discurso e a fabricação dos usos e costumes: Antonio Enes e a 'Geração de 95'”, in FRY,Peter (ed) Moçambique ensaios, UFRJ, Rio de Janeiro 2001, p. 61-90. MANGHEZI, Alfeus. Trabalho forçado e cultura obrigatória do algodão: o Colonato do Limpopo e reassentamento pós-independência, c.1895-1981. Arquivo Histórico de Moçambique, Maputo, 2003. MATOS, Patricia Ferraz de. As côres do impêrio. Representações raciais no impêrio colonial português, ICS 2° Ed, Lisboa, 2012. MEILLASSOUX, Claude. Mulheres, celeiros & capital. Edit. Afrontamento, Porto, 1977. MENESES, Maria Paula "O ‘indígena’ africano e o colono ‘europeu’: a construção da diferença por processos legais", E-cadernos CES, 7, 2010, p. 68-93. NASCIMENTO, Joelton. Ordem jurídica e forma valor: investigação sobre os limites estruturais da regulação jurídica no capitalismo contemporâneo. PhD Dissertation. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013. NORMAN, William. Living on the Frontline: Politics, Migration and Transfrontier Conservation in the Mozambican Villages of the Mozambique-South Africa Borderland. PhD Dissertation, London School of Economics and Political Science, London, 2004 PENVENNE, Jeanne. Trabalhadores de Lourenço Marques (1870-1974), Arquivo Histórico de Moçambique, Maputo, 1993. ______________. “Chibalo e classe operária. Lourenço Marques 1870-1962”. Estudos Moçambicanos, N°2, 1981, p. 9-22. POLANYI, Karl: “La economía como proceso institucionalizado. En Antropología y economía”. In GODELIER, M. (Comp). Antropología y economía. Anagrama, Barcelona, 1976, p. 155-176. | /*ref*/SAHLINS, Marshall: La economía de la edad de piedra, Akal editor, Madrid, 1983. SCOTT, James. “Formas cotidianas de resistência camponesa”. Raízes, vol. 21, 2002, p. p. 10-31 __________. Weapons of the Weak: Everyday Forms of Peasant Resistance, Yale University Press, New Haven, 1987. SITOE, Bento. Dicionário Changana- Português. Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educac̨ão, Maputo, 1996. THOMAZ, Omar Ribeiro. “O Bom Povo Português: Antropologia de Nação e Antropologia do Império”, in SIGUAD, Lygia et ali (ed) Antropologia Impérios e Estados Nacionais, Relume Dumará, Rio de Janeiro, 2002. VAIL, Leroy. The Creation of Tribalism in Southern Africa. James Currey, London, 1989. _________. "Mozambique's Chartered Companies: The Rule of the Feeble", Journal of African History 17 (1976) 389-416. VELSON, Jan van. “Labour migration as a positive factor in the continuity of Tonga tribal society”, in Southall, Aidan (ed) Social Change in Modern Africa, Oxford University Press, London, 1961, p. 265-278. WATSON, William. Tribal Cohesion in a Money Economy: A Study of the Mambwe People of Northern Rhodesia, Manchester University Press, Manchester, 1958. WEBSTER, David. A sociedade chope: indivíduo e aliança no Sul de Moçambique (1969-1976), ICS, Lisboa, 2009. ZAMPARONI, Valdemir. "da escravatura ao trabalho forçado: teorias e práticas", Africana Studia nº 7, 2004, p. 299-325. _________________. “Frugalidade, moralidade e respeito: A política do assimilacionismo em Moçambique, c. 1890-1930”, ALADAA Associação Latino-Americana de Estudos Africanos e Asiáticos X Congresso Internacional - 2000 - Río de Janeiro, Brasil, 2000. Available in http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/aladaa/valde.rtf, acessado em 25/09/2018. _________________. Entre Narros & Mulungos. Colonialismo e paisagem social em Lourenço Marques, c. 1890- c.1940'. PhD Dissertação, Centro de Estudos Africanos USP, São Paulo, 1998
Direitos autorais
Direitos autorais 2019 Anos 90
Fonte
Anos 90; v. 26 (2019); 1-22 | Anos 90; v. 26 (2019); 1-22 | 1983-201X | 0104-236X
Assuntos
Mozambique. Late Colonialism. Forced Labor. Mobility. Resistance | História da África | Moçambique; Colonialismo Tardio; Trabalho Forçado; Mobilidade; Resistência
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion