Descrição
O chamado romance de família na literatura de língua alemã passou por uma trajetória muito específica, devido à história do século XX e ao envolvimento de uma geração inteira na política nazista e nos crimes contra a humanidade. As narrativas com enfoque na genealogia familiar produzidas pelas gerações seguintes se destacaram por seu teor autobiográfico e sua necessidade de relacionar-se com a culpa histórica para constituir as identidades dos autores. Grosso modo podem ser distinguidas três fases, nas quais a relação com os pais abrange desde o confronto radical até a continuidade identificadora. O artigo descreve esse processo em vários exemplos literários e discute as diversas contribuições críticas sobre a terminologia e a interpretação do fenômeno.