Descrição
Os personagens de Paul Auster movimentam-se, nos termos de Marc Augé, por “não-lugares”, configurando um deslocamento incessante em que o movimento constitui um objetivo em si mesmo e a cidade, “vítrea”, é ressemantizada a todo momento. Esses personagens, em deslocamento também através de identidades, experimentam a cidade pós-moderna como “lugar nenhum”, flutuante, que impossibilita “subjetividades definidas”, no dizer de Stuart Hall. A partir de teorias sobre o espaço na pós-modernidade, analisam-se as encenações literárias das relações entre os sujeitos pós-modernos e os deslocamentos no tempo/espaço entretecidas pelo escritor norte-americano.
