Descrição
A quarentena (resposta à pandemia de coronavírus) transformou a vida cotidiana em Buenos Aires em um vasto laboratório de (auto) observação de experiências de convívio e tecnovívio. Chamamos cultura convivial aquela que se baseia, ancestralmente, no encontro territorial de corpos presentes, na presença física, e de cultura tecnovivial, aquelas ações em solidão ou em encontro desterritorializado, que são realizadas por recursos neotecnológicos (áudio, visual e audiovisual), numa presença telemática que permite a subtração do corpo físico; conforme desenvolvemos em Teatro e territorialidade: perspectivas da filosofia do teatro e do teatro comparado (2020). Caracterizamos as experiências sociais e tecno-sociais, enfatizando suas principais relações e diferenças. Politizamos (filosoficamente) a coexistência e a tecno-sobrevivência. Finalmente, propomos cinco conclusões (declaradas no título deste trabalho: nem identidade, nem campeonato, nem melhoria evolutiva, nem destruição, nem elos simétricos); além de quatro corolários sobre pluralismo e coexistência convivial e tecnovivial, diversidade epistemológica, desejável formação múltipla dos atores e disponibilidade múltipla de espectadores na contemporaneidade.