Descrição
Este artigo procura refletir sobre o estado da arte pós-moderna na cultura brasileira. O povo brasileiro é conhecido pelo “jogo de cintura” diante das adversidades, perspicácia para se adaptar às mudanças e se distingue pela forma como vive (e sobrevive), nos espaços e tempos regidos, simultaneamente, pelas estruturas medievais, industriais e pós-modernas. Eis uma experiência cultural híbrida, multiétnica e multissensorial, em que se mesclam a “naturalização da cultura” e o “ethos midiatizado”, num contexto socioeconômico em que tudo parece ao mesmo tempo farto e precário, fake e hiperreal, e isso estranhamente não afeta os vínculos comunitários, mas ao contrário, de certa forma assegura a polivalência da socialidade cotidiana.