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Fotojornalismo: da estetização à transformação do leitor em sujeito||Fotojornalismo: da estetização à transformação do leitor em sujeito
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Metadados
Descrição
Every journalistic effort is a representation that aims at making discourse to seem true. In this sense, photography has been increasingly used, since for common sense it possesses the (illusory) ability of portraying the real. So, in the last decades there has been a process of aesthetization of printed journalism, with the constant use of pictures and graphics, as a result of the influence of television and the Internet, which have the instantaneousness of information as their ally.Starting from this view, this paper tries, through the semiotic analysis of a picture printed on the cover of the newspaper, Zero Hora of April 4th, 2005, to identify the role of journalistic photography, on the basis of the hypothesis that the image is not a mere illustration, but a complete text with its own meaning. This became clear in the coverage of Pope John Paul II’s death, where photographs complemented the journalistic discourse by giving more credibility to the information and, above all, allowing the readers to have a co-presence through the images and syncretic texts. Furthermore, the addition of the photograph to the verbal text leads to a presence in distance, enables an exchange of places between the addresser and the addressee, as if they merged on the newspaper page. Thus, syncretism (the use of more than one language) increasingly becomes the raison d’être of the printed newspaper.||Todo o esforço do jornalismo é uma representação que visa fazer com que o discurso pareça verdadeiro. Nesse sentido, a fotografia tem sido cada vez mais utilizada, já que para o senso comum ela possui a capacidade (ilusória) de retratar o real. Assim, nas últimas décadas, o que se viu foi o surgimento de um processo de estetização do jornalismo impresso com o uso constante de fotografias e gráficos, muito por influência da televisão e da internet, que têm a instantaneidade da informação como aliados. Partindo dessa constatação, este trabalho visa, por meio da análise semiótica de uma fotografia estampada na capa do jornal Zero Hora de 04 de abril de 2005, identificar o papel da fotografia jornalística, partindo da hipótese de que a imagem não é apenas uma ilustração, mas sim um texto completo, com sentido próprio. Isso ficou claro na cobertura da morte do Papa João Paulo II, em que as fotografias complementaram o discurso jornalístico, atribuindo mais credibilidade às informações e, acima de tudo, permitindo aos leitores uma co-presença por meio das imagens e dos textos sincréticos. Mais do que isso, a soma da fotografia com a escolha do texto verbal no jornalismo leva a uma presença na distância, permite uma troca de lugares entre emissor e destinatário, como se eles se fundissem na página do jornal. Assim, o sincretismo (uso de mais de uma linguagem) torna-se, cada vez mais, a razão de ser do jornal impresso.
ISSN
1806-6925
Periódico
Autor
Rosa, Ana Paula da
Data
17 de junho de 2010
Editor
Fonte
Verso e Reverso; v. 20 n. 43: Ano XX - 2006/1 | 1806-6925
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion