Descrição
Corpos Urbanos Errantes relativiza duas noções correntes na contemporaneidade: a ideia de que o espaço público é essencialmente uma via de passagem; e o difuso axioma fundado na noção de que os corpos devem ser assépticos, protegidos e circunscritos a ambientes fechados. Para apreender a construção da corporalidade de moradores de rua adultos na cidade de São Paulo, Simone Frangella assinala que os corpos são, a uma só vez, instrumento de diálogo e resistência às movimentações urbanas que ora os acolhem, ora os repelem, posicionando-os de forma específica na cidade: estão “fora do lugar”, desencaixados espacial e simbolicamente em meio à marginalização econômica e social.