-
From symptomatology to the analysis of assemblages: the problematic instance of a “clinical philosophy” in Deleuze||De la symptomatologie à l’analyse des agencements: L’instance problématique d’une “philosophie clinique” chez Deleuze||Da sintomatologia à análise dos agenciamentos: a instância problemática de uma “filosofia clínica” em Deleuze
- Voltar
Metadados
Descrição
L'hypothèse que l'on proposera ici est que le dispositif du «médecin de la civilisation» monté par Deleuze en 1962 dans sa lecture de Nietzsche, loin de pouvoir être généralisé comme tel (comme si la suite de l'oeuvre n'en était que l'application différée ou même la continuation par d'autres moyens), n'y est effectivement agissant qu'à force de décaler l'énonciation deleuzienne par rapport à l'instance de la philosophie clinique qu'il définit. Et que pour cette raison, la figure du philosophe médecin de la civilisation permet d'autant mieux de problématiser certaines difficultés que rencontre la tâche d'une symptomatologie des modes collectifs d'existence. À prendre cette tâche au sérieux, j'avancerai enfin que le déplacement du dispositif nietzschéen de part et d'autre de la rencontre avec Guattari et de L'Anti-OEdipe, trouve un point de résolution, ou en tout cas de cohérence et d'équilibre, dans la détermination d'une pratique analytique sui generis, celle-là même que Guattari nommera «schizo-analyse», et plus spécifiquement dans le concept d'agencement qui, de L'Anti-OEdipe à Mille plateaux, en supportera de plus en plus clairement les coordonnées propres.||According to the hypothesis we propose here, the apparatus of the "physician of civilization" construed by Deleuze's reading of Nietzsche in 1962, far from being susceptible to generalization (as if the sequence of Deleuze's work was nothing but its differentiated application or even its continuation by other means), only acts in this sequence by means of a delay of the Deleuzian statement in respect to the instance of clinical philosophy which it defines. And that, for this reason, the figure of the philosopher as a physician of civilization makes way for a more fruitful discussion of some of the difficulties that the task of a symptomatology of collective modes of existence encounters. By taking this task seriously, I would say, finally, that the displacement of the Nietzschean apparatus with respect to the encounter with Guattari and to the Anti-Oedipus finds a point of resolution, or at least of coherence and equilibrium, in the determination of an analytical practice sui generis, the one that Guattari calls "schizo-analysis" and, more specifically, in the concept of assemblage which, from the Anti-Oedipus to A Thousand Plateaus, will support ever more clearly its specific coordinates.||A hipótese que propomos aqui defende que o dispositivo do "médico da civilização" montado em 1962 pela leitura que Deleuze faz de Nietzsche, longe de poder ser generalizado como tal (como se a sequência da obra deleuziana não fosse senão a sua aplicação diferenciada ou mesmo a sua continuação por outros meios), somente age nessa sequencia por força de um deslocamento da enunciação deleuziana em relação à instância da filosofia clínica que ele define. E que, por essa razão, a figura do filósofo como médico da civilização permite melhor problematizar algumas dificuldades que a tarefa de uma sintomatologia dos modos coletivos de existência encontra. Ao tomar esta tarefa a sério, eu diria, finalmente, que o deslocamento do dispositivo nietzschiano em relação ao encontro com Guattari e ao Anti-Édipo encontra um ponto de resolução, ou pelo menos coerência e equilíbrio, na determinação de uma prática analítica sui generis, a mesma que Guattari designa "esquizo-análise" e, mais especificamente, no conceito de agenciamento que, de Anti-Édipo a Mil Platôs, vai suportar cada vez mais claramente suas coordenadas próprias.
ISSN
1807-3883
Periódico
Autor
Blanc, Guillaume Sibertin
Data
31 de outubro de 2011
Formato
Identificador
https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/22652 | 10.5380/dp.v8i2.22652
Editor
Fonte
DoisPontos; v. 8, n. 2 (2011): Deleuze | 2179-7412 | 1807-3883 | 10.5380/dp.v8i2
Assuntos
subjetividade; diferença; Deleuze; clínica; | Deleuze; symptomatology; clinic; life, values, schizo-analysis, critique | Deleuze; symptomatologie; clinique; vie; schizo-analyse; critique
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion