Descrição
A travel report, the book O ouro dos Trópicos: Passeios pelo Portugal e o Brasil Barrocos, by Dominique Fernandez, aims to be a literary critique too. Although the author thinks that Grande Sertão: Veredas, by Guimarães Rosa, is one of the best works of the Brazilian literature, he regrets, and tries to explain what he calls “an artificial ending”: the Brazilian novelist denies the homosexual nature of Riobaldoʼs love by revealing that his Diadorim was a woman. This essay, whose introduction assumes the form of a letter to that French author, bets on the idea that Riobaldoʼs trajectory is not based upon certainty. Notwithstanding any Cartesians inferences, Brazil is, in fact, baroque and Guimarães Rosaʼs narrative is a perfect pearl.||Relato de viagem, o livro O ouro dos Trópicos: Passeios pelo Portugal e o Brasil Barroco, de Dominique Fernandez, aventura-se também pelas searas da crítica literária. Embora considere Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, a obra máxima da literatura brasileira, Fernandez lamenta e tenta interpretar o que chama de “desfecho artificial” do romancista brasileiro, que revela Diadorim como mulher, descaracterizando, assim, o cunho homossexual da paixão de Riobaldo. Este ensaio, cuja introdução toma a forma de uma carta ao autor francês, aposta na idéia de que a trajetória de Riobaldo não se funda em certezas. Para além das ilações cartesianas, de fato, o Brasil é barroco e a narrativa de Guimarães Rosa é uma pérola perfeita.