Descrição
O presente texto discute a relação entre hermenêutica e história e as implicações para o debate sobre racionalidade e tolerância. O pensamento ocidental, desde os gregos, mas principalmente com o iluminismo, ancorou-se numa concepção de razão unitária e imutável. Dessa forma, a racionalidade se constitui a partir da unidade, não da pluralidade e, por conseguinte, não permite pensar a diversidade e a tolerância. O desafio não é negar a racionalidade, mas buscar uma nova base de legitimação, que seja capaz de superar o discurso lógico-semântico e fundamentar uma nova forma de interpretação, que contemple a historicidade. Para tanto, há que se questionar o conceito de universalidade e razão única, visto que a interpretação se dá no contexto histórico e sociocultural.