Descrição
The North-American anthropologist Marshall Sahlins is famous for his dialogue with History. Paradoxically, between the decades of 1950 and 1980, this dialogue was marked by the absence of historians. But how was this possible? How could Sahlins have maintained this dialogue with History for so long with absent historians? Our hypothesis is that this became feasible thanks to a historiographical myth that was present in his texts: the myth of the “conventional historian”. In order to test this hypothesis, we will work with writings by Sahlins and other anthropologists. We will try, with these writings, to chart his dialogue with History and reconstitute its context of development. We will also use the concept of “historiographical myth” by historian Sérgio da Mata. Our conclusion is that Sahlins historiographical myth was sustained by the absence of historians and vice-versa - something that left its mark in the dialogue between him and History.||O antropólogo norte-americano Marshall Sahlins é famoso por seu diálogo com a História. Paradoxalmente, entre 1950 e 1980, esse diálogo foi marcado pela ausência de historiadores. Mas como isso foi possível? Como Sahlins manteve um diálogo com a História durante tanto tempo com historiadores ausentes? Nossa hipótese é que isso se tornou factível graças a um mito historiográfico presente nos seus textos: o mito do historiador convencional. Para testarmos nossa hipótese, trabalharemos com escritos de Sahlins e outros antropólogos. Tentaremos, com esses escritos, mapear seu diálogo com a História e reconstituir o contexto em que ele se desenvolveu. Usaremos também o conceito de mito historiográfico, do historiador Sérgio da Mata. Nossa conclusão é que esse mito historiográfico de Sahlins foi sustentado pela ausência de historiadores, e vice-versa - algo que deixou sua marca no diálogo entre ele e a História.