Descrição
Este artigo analisa as relações entre velhice e juventude no reality show competitivo RuPaul’s Drag Race. O objetivo de tal abordagem justifica-se pela complexa relação dos participantes do programa com a velhice, configurando uma movimentação ambígua que margeia a valorização da idade em alguns momentos, mas que, observada pela construção das personagens e do cotidiano instaurado na TV, parece projetar uma posição oposta. Diagnóstico que problematizamos destacando, aqui, o primeiro episódio da sétima temporada, onde o conflito entre participantes por conta da idade aparece como elemento central da narrativa. Balizam nossa análise as teorias do cotidiano, principalmente Kosik (1976) e Heller (1985), bem como as discussões em torno da construção da personagem e dos conflitos geracionais.