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Human condition, citizenship: an essay on the dignity of politics and the challenges of the new democratic State||Condição humana, condição cidadã: um ensaio sobre a dignidade da política e os desafios do novo Estado democrático
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Metadados
Descrição
Starting from Hanna Arendt’s concept of action as freedom that makes possible the construction of the public space, the article discusses the dignity of politics expressed in the exercise of power as an inherent element of the human condition. In this sense, it distinguishes power from coercion and relates it to the idea of participation in community life, of which nobody should be deprived if they are to be able to fulfill themselves as human beings. The degradation of politics is expressed in the suppression of action and thus of power. In the view of Boaventura de Souza Santos, this jeopardizes the “modern social contract”, demanding its renewal through the public power’s commitment to the consolidation of processes of social inclusion. The author argues that such a redefinition of the public agenda implies the recognition of the “other” as a human being and that this perception, according to Charles Taylor, is not as obvious as it seems because of the socially made moral classifications. To promote citizenship is to provide the totality of individuals with the human condition. This assumption suggests a perception of the dignity of human life in any circumstances. The recognition of the “generic other” in their relevance is, however, inseparable from the strengthening of public power in terms of coordinating the market and distributive democracy. Key words: social theory, postmodern critique, social movements. Key words: human condition, participation, distributive democracy, public space, the relevant other.||Partindo do conceito arendtiano de ação como liberdade que permite a construção do espaço público, discuto a dignidade da política expressa no exercício do poder como parte intrínseca da condição humana. Nesse sentido, distingo o poder de coação e aproximo-o da idéia de possibilidade de participação na vida da comunidade, da qual ninguém deve estar privado sob pena de não se realizar como ser humano. A degradação da política, como é demonstrada, expressa-se na supressão da ação, logo, do poder, que põe em crise, na perspectiva de Boaventura de Sousa Santos, o contrato social moderno, exigindo sua renovação mediante o compromisso do poder público na sedimentação de processos de inclusão social. Argumento que tal redefinição da agenda pública implica o reconhecimento do outro como ser humano e que tal percepção, como diz Charles Taylor, não é tão óbvia como parece em função das classificações morais que se fazem socialmente. Promover a cidadania é propiciar a condição humana à totalidade dos indivíduos. Tal pressuposto sugere uma percepção da dignidade da vida humana em toda e qualquer circunstância. O reconhecimento do “outro genérico” em sua relevância é, porém, inseparado do fortalecimento do poder público em seu potencial de coordenação do mercado e democracia distributiva. Palavras-chave: condição humana, participação, democracia distributiva, espaço público, outro relevante.
ISSN
2177-6229
Periódico
Autor
Ribeiro, Adelia Maria Miglievich
Data
27 de maio de 2021
Formato
Idioma
Editor
Direitos autorais
Copyright (c) 2021 Ciências Sociais Unisinos
Fonte
Ciências Sociais Unisinos; v. 42 n. 1 (2006): Janeiro/Abril; 12-18 | 2177-6229 | 1519-7050
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion