Descrição
O acesso e o domínio das tecnologias audiovisuais digitais ampliaram as concepções dos Guarani a respeito da captação de suas imagens pessoais, instituindo a figura do cineasta indígena, que passa a ter um papel ativo na criação do futuro de sua história. A partir das considerações dos cineastas indígenas acerca de seu papel de mediadores e de sua relação com os equipamentos e com o fazer cinema, abordo alguns sentidos apontados pelos Guarani em relação à reprodução, utilidade e circulação de imagens e informações nas aldeias e cidades. Neste artigo foram agregados comentários de cineastas guarani e innu que participaram de um projeto de parceria e intercâmbio audiovisual com as instituições La Boîte Rouge Vif (BRV), Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo (LISA/USP).||The access and domain of digital audio-visual technologies have expanded the Guaranis’ conceptions on the capture of their personal images, instituting the image of the indigenous moviemaker, who gains an active role in the creation of their history’s future. The present text tackles some senses indicated by the Guaranis concerning reproduction, utility and circulation of images and information throughout the communities and cities, concerning their own considerations on their role as mediators and their relation with the movie making process and equipment. Comments from the Guaranis and Innu moviemakers who participated in the partnership project and audio-visual exchange between the institutions La Boite Rouge vif (BRV), Centro de Trabalho Indigenista (CTI) and Laboratorio de Imagem e Som em Antropologia from the University of Sao Paulo (LISA/USP) were also included.