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“Imported outbreak”: crisis migrations in Brazil in the 2010’s ||“Brote importado”: migraciones de crisis en Brasil en la década de 2010||”Surto importado”: migrações de crise no Brasil na década de 2010
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Metadados
Descrição
This paper aims to analyze the economy of distribution of differences among migrants in Brazil in the 2010’s. To that end, we analyze the case of the Haitians and Venezuelans. The empirical material consists of news reports regarding the arrival of these people in Brazil, in which perceptions of policy makers, politicians, NGOs and Brazilians themselves are shown, especially the ones focusing on alleged risks that these migrants bring to health in Brazil. Both the Haitian and Venezuelan flows in the country are good empirical examples of the production of symbolic boundaries constructed within the image of these migrants. The association between some nationalities and certain pathologies, along with the metaphors of danger used when describing the mass of migrants - “invasion”, “collapse”, “catastrophe” – constitute a turning point in the construction of a hegemonic discourse about Brazil as an exemplary accommodator of racial, ethnic and cultural differences.||Este artigo discute aspectos da economia da distribuição da diferença entre migrantes chegados ao Brasil a partir de dois casos emblemáticos da década de 2010: os haitianos e os venezuelanos. O material empírico são reportagens jornalísticas sobre a chegada desses migrantes no país, nas quais são veiculadas percepções de gestores, políticos, organismos internacionais/ONGs e da própria população brasileira, com foco especial em supostos riscos que estes fluxos migratórios oferecem à saúde no Brasil. Tanto o fluxo de haitianos como o de venezuelanos no país - que atingiram seu auge em momentos distintos, mas que guardam entre si similaridades - são “bons para pensar” a produção de fronteiras simbólicas a partir da mobilização de alguns marcadores da diferença presentes na construção da imagem desses migrantes. A associação de determinadas nacionalidades e determinadas patologias e metáforas de perigo acionadas na descrição do maciço fluxo de migrantes - “invasão”, “colapso”, "catástrofe” - constituem um ponto de inflexão, a partir sobretudo do caso venezuelano, na construção de um discurso hegemônico sobre o Brasil como acomodador exemplar de diferenças raciais, étnicas e culturais.
ISSN
2446-5674
Autor
Santos da Costa Maia, Ana Carolina | Azize, Rogerio Lopes
Data
27 de fevereiro de 2020
Formato
Identificador
https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/18612 | 10.21680/2446-5674.2020v7n12ID18612
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2020 Ana Carolina Santos da Costa Maia | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
Fonte
Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol 7 No 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-18 | Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 7 Núm. 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-18 | Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; v. 7 n. 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-18 | 2446-5674 | 10.21680/2446-5674.2020v7n12
Assuntos
migração; refúgio; saúde; nação; raça: | Deslocamentos forçados
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Texto