Descrição
Como a incerteza e a criatividade são inerentes à vida social, a capacidade de improvisar é fundamental para o êxito organizacional. Apesar de ter sido bem estudada no campo dos Estudos Organizacionais, a improvisação ainda é pouco conhecida do ponto de vista cultural. Por isso, esta pesquisa examina a dimensão cultural que fundamenta a consecução da improvisação como competência culturalmente relevante para a prática gerencial. Contrapondo a metáfora do jazz no contexto anglo-saxônico ao “jeitinho” no contexto brasileiro, busca-se estabelecer um diálogo entre os estudos da improvisação e os estudos da cultura organizacional brasileira. Com foco em cinco práticas de gestão em uma organização pública, a abordagem autoetnográfica sustentou o processo empírico de pesquisa, oferecendo um acesso privilegiado à complexidade e sutileza dos fenômenos subjetivos que envolvem a cultura e a improvisação.