Descrição
Neste artigo apresentamos um recorte dos estudos de uma tese de doutorado em que estamos construindo a biografia intelectual de Beatriz Silva D’Ambrosio. Apoiada no método biográfico, especialmente nos estudos de Clandinin e Connelly (2011), Dominicé (2014), Dosse (2015), Ferrarotti (2014), Finger e Nóvoa (2014), Lani-Bayle (2008), Passeggi e Clementino (2017) e Pujadas Muñoz (1992), neste artigo é abordado um dos assuntos que constituem parte do legado científico da biografada para a Educação Matemática brasileira: as discussões sobre a insubordinação criativa na prática do professor e do pesquisador. São apresentadas algumas narrativas que elucidam a insubordinação criativa na concepção de Beatriz como um conceito que leva os profissionais a ter sensibilidade para entender o outro e o contexto em que está inserido, honrar o compromisso assumido no exercício das atividades diárias, mobilizar saberes de forma a proteger a integridade dos estudantes e dos espaços formativos, neutralizar os efeitos desumanizadores da autoridade burocrática.