Descrição
No contexto atual de isolamento social devido à pandemia de COVID-19, a atuação musicoterapêutica facilitada por tecnologias de informação e comunicação – TICs têm emergido como possiblidade de intervenção em meio à crise global, tal como ocorre nos serviços de telessaúde. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou investigar a prática musicoterapêutica mediada por TICs. Para isto, fez-se uma revisão sistemática a partir do levantamento bibliográfico realizado nas bases de dados Google Scholar, LILACS, Scielo e Pubmed, o que resultou em oito artigos completos para elegibilidade. A análise do conteúdo dos artigos foi qualitativa e reportada em tabela, destacando os aspectos principais de cada estudo, como: tipo de estudo, amostra, intervenções, TICs utilizadas e principais resultados. Os resultados apontaram para o uso de musicoterapia ativa e receptiva em intervenções remotas, abrangendo condições como: Síndrome de Aspeger, veteranos de guerra com psicopatologias, Doença de Parkinson e estresse. As intervenções de musicoterapia remota geraram resultados positivos como: diminuição do estresse, controle emocional, interação social, aumento da autoestima e autonomia, como também foram percebidas dificuldades quanto ao uso de TICs no que se refere à latência e à qualidade dos equipamentos eletrônicos. Diante disso, concluiu-se que as intervenções de musicoterapia em telessaúde geram benefícios clínicos, sociais e redução de custos com transporte, sobretudo para pessoas que residem em localidades remotas ou que tenham limitação em sua mobilidade, já as TICs utilizadas nas intervenções apresentaram limitações como baixa qualidade da conexão banda larga e dos dispositivos eletrônicos, o que pode interferir nas sessões.