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Introdução à Teoria do Raciocínio Prático de Dewey
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Metadados
Descrição
A afirmação básica do pragmatismo de Dewey é que todo raciocínio está subordinado ao raciocínio prático orgânico (full-bodied) de meios-fins conduzido em um contexto específico com o propósito humano de melhorar uma determinada situação. Outras formas de razão, por exemplo, a chamada razão “pura”, racionalidade técnica, racionalidade interpretativa e racionalidade comunicativa são partes ou órgãos do raciocínio orgânico. Meu artigo começa com uma revisão da teoria do raciocínio prático de Aristóteles apresentada no livro Ética a Nicômaco. Geralmente esquecemos que, para Aristóteles, e Dewey, todo o raciocínio prático envolvia Eros, ou desejo apaixonado. No raciocínio prático nós raciocinamos intencionalmente em relação a valores e objetos do desejo. Para Aristóteles, e Dewey, meios não eram totalmente apartados dos fins, alguns meios constituem o fim da mesma forma que tijolos, cimento e trabalho permanecem após retirarmos os andaimes do edifício. Por trás disso está a perspectiva dominante do raciocínio prático promulgada pelos positivistas lógicos, campeões da racionalidade burocrática, e outros em que os meios são separados dos fins. Essa perspectiva contribui para a confusão que cerca o instrumentalismo de Dewey. Para Dewey, meios constituem o fim. Mostrarei como Dewey desenvolveu uma teoria da intencionalidade não-teológica como parte de sua teoria do raciocínio prático. Para Dewey, os objetos do raciocínio prático, valores, ideais, ou o que ele prefere chamar de “fins-em-vista”, não são fixos. Eles alteram conforme a investigação avança, da mesma forma que suas possibilidades servem como meios para sua atualização.
Palavras-chave: Dewey, John, 1859-1952. Crítica e interpretação. Raciocínio. Definição (Lógica).
ISSN
2238-1279
Autor
Jim Garrison; Universidade Estadual i Instituto Politécnico
Data
24 de dezembro de 2006
Formato
Idioma
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Fonte
Revista Educação e Cultura Contemporânea; Vol. 3, No 6 (2006); 13-43