Descrição
O presente texto apresenta parte de uma investigação maior em torno da reportagem em espaços narrativos independentes, criados e mantidos por jornalistas no ambiente digital. Analisa um conjunto de matérias publicadas no site da Agência Pública de jornalismo investigativo e que tratam de tensões sociais do Brasil. Para uma leitura mais apurada, são trabalhadas 11 reportagens ampliadas, produzidas em 2012, todas publicadas na categoria Marcadas para morrer. Para produzir conhecimento a partir da análise da narrativa, a investigação está ancorada na proposição reflexiva do filósofo Slavoj Zizek sobre os antagonismos do capitalismo atual. No encontro das marcas textuais que caracterizam o espaço em questão são discutidos alguns caminhos possíveis para o jornalismo. A cartografia da Pública permite encontrar um complexo mapa sobre os antagonismos e as emergências que caracterizam nosso tempo e os modos de narrá-lo.Palavras-chave: narrativa, jornalismo, Agência Pública, contemporâneo, novos apartheids.||This text presents part of a larger research around the journalistic reportage in narrative spaces created and maintained by journalists in the digital environment. It analyzes a set of materials about the social tensions in Brazil published on the investigative journalism website Agência Pública. For a more refined reading, the text works with 11 extended reports produced in 2012, all published in the category Marcadas para morrer. In order to produce knowledge based on the analysis of the narrative, this research is grounded in the reflective proposition of the philosopher Slavoj Zizek about the antagonisms of contemporary capitalism. In the search for textual evidence that characterizes the space in question some possible ways for journalism are discussed. The mapping allows the Agência Pública to find a map on the complex emergencies and antagonisms that characterize our time and the ways to narrate it.Keywords: narrative, journalism, Agência Pública, contemporary , new apartheids.