Descrição
Summary: The article aims to think of utopia as an ephemeral moment, shifting the concept, of european matrix, to an experience verified in the Mozambican context, in the 1970s, when the country reached its political self-determination after anti-colonial wars against the Portuguese army. The central object of the analysis is the film Kuxa Kanema, the birth of cinema, produced by Margarida Cardoso in 2003, which enacts the passage from utopia to dystopia on the horizon of a national political project that saw the production of images as a strategy of unifying a torn country.||Resumo: O artigo tem como objetivo pensar a utopia como instante efêmero, deslocando o conceito, de matriz europeia, para uma experiência verificada no contexto moçambicano, na década de 1970, momento em que o país alcançava a sua autodeterminação política depois de guerras anticoloniais contra o exército português. O objeto central da análise é o filme Kuxa Kanema, o nascimento do cinema, produzido por Margarida Cardoso em 2003, que encena a passagem da utopia à distopia no horizonte de um projeto político nacional que via na produção de imagens uma estratégia de unificação de um país dilacerado.