Descrição
Nas montagens de Antígona (2010), Orestéia (2010), Bacantes (2012) e de Anfitrião (2013) pela Companhia Démodocos, as atividades cantadas do coro e dos atores são realizados com batidas dos pés contra o chão. Neste texto evoca-se a origem dessa experiência coreográfica e teatral a partir de questões da filologia e da métrica gregas, explicando claramente como a interpretação cênica dos versos gregos não se deu apenas por entendimento dos ritmos mas também levando-se em conta a estrutura intrínseca dos metros gregos. O filólogo e o encenador juntos tornam compreensível o princípio de correspondência entre os pés métricos e os passos na cena.