Descrição
O título da obra traz palavras com alta intensidade antropológica, “rituais”, “performances”, “pesquisa”, “campo”. A coletânea, organizada por Jean Langdon e Éverton Pereira, reúne oito capítulos que partiram de práticas cotidianas da Ilha de Florianópolis (e de Curitiba) para pensar teoricamente “ritual” e “performance”. Um dos fios possíveis a alinhavar os capítulos é a experimentação etnográfica a partir do cabedal teórico que discutiu “ritual” em eras mais clássicas, como Victor Turner, Arnold Van Gennep, Clifford Geertz, e mais contemporâneas e brasileiras, como Mariza Peirano, Jean Langdon, Luciana Hartmann. O livro tem mérito garantido ao apresentar diferentes cenários em que rituais de “espetáculos, festas, brincadeiras, teatro, jogos” (:7) são observados, descritos e desafiados pelos conceitos. Depois de uma discussão conceitual de “rito”, assinada por Langdon, a saída de iaô no candomblé, os encontros de estudos bíblicos luteranos, o consumo de ayahuasca, uma roda de capoeira, apresentações do Boi-de-mamão, o arrastão da tainha, um campeonato de jiu-jítsu e uma festa de aniversario são os rituais analisados ao longo do livro. Só por isso, o livro já é boa indicação de leitura para aqueles que pesquisam rituais e performances diversas.
