Descrição
O objetivo deste trabalho é analisar de que forma a política de drogas funciona no interior do liberalismo, viabilizando a operacionalidade das técnicas próprias a um regime de biopoder (poder disciplinar e gestão da população), bem como compreender a persistência de um poder de morte do Estado, fundado no racismo institucional que legitima o extermínio do inimigo em nome da majoração geral da sociedade. Nesse sentido, analisamos os fundamentos da arte liberal de governar, que conjuga liberdade e coerção, o funcionamento do regime proibicionista das drogas e o racismo enquanto estratégia geral do Estado, tentando compreender que, para além da liberdade desinteressada professada pelos ideólogos do liberalismo, a pragmática política é sempre fundada no conflito.